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Emagrecer: uma forma de viver, não um número na balança

Estamos acumulando muita energia e gastando pouco. O resultado disso é o ganho de peso, mas dá para equilibrar essa conta, ensina nosso colunista

Me lembro uma vez que participei de um podcast com o querido jornalista Theo Ruprecht, quando ele ainda estava na Editora Abril. Cheguei no prédio e fui informado do andar onde seria gravada a entrevista. Naquele momento, vi uma escada e perguntei ao segurança se poderia usá-la ao invés do elevador. Com a resposta afirmativa segui degrau por degrau até o encontro com o Theo.

Descrevo esse fato da minha história com o propósito de dividir com você de forma enfática o que a ciência vem destacando mais recentemente.

A evolução tecnológica trouxe inúmeras facilidades que tornaram nossa vida diária mais produtiva, porém ao custo de minutos preciosos do nosso dia. A tecnologia, presente no nosso bolso permite trabalhar, fazer reuniões, dar entrevistas, em qualquer lugar do planeta e a qualquer instante.

Além disso pedimos um táxi ou um carro, ou ainda comida na ponta dos nossos dedos. Assim, temos nossas vidas repletas de afazeres, ficando o autocuidado em segundo plano.

A pandemia acentuou esse fato e, de lá para cá, não mudamos essa disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana. Estamos então sempre disponíveis. A consequência disso o mundo inteiro, incluindo você meu caro leitor, já sabe.

O exercício programado com local definido, tempo de duração e intensidade determinada, ajudam no preço que custa para nossa saúde, porém existe, no final do dia, um saldo a pagar.

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Ok, Lancha, entendi, você quer que eu fique mais tempo na academia, né? Não, sei que essa opção não está disponível e a ciência aponta que ela não resolveria nossa dívida.

A alternativa para quitar esse saldo fica para as oportunidades de gasto de energia que podemos aproveitar no nosso dia a dia.
Vamos lá:

• Escadas no lugar das rolantes, ou ainda andar na rolante;

• Levantar e ficar de pé ao falar no telefone;

• Evitar as esteiras nos espaços públicos e andar;

• Parar em estacionamentos mais profundos em shoppings, ou mais distantes e se deslocar a pé;

• Se o folego não permitir subir os degraus, descer a escada para pegar o carro;

• Tomar café nos intervalos do trabalho de pé;

• Ter como princípio que um andar para cima ou para baixo não vale pegar o elevador;

• Pegou o celular, levante.

A forma de viver ativamente revela sua importância no processo de emagrecimento na ordem direta da evolução tecnológica.

O dia com a atividade física programada é fundamental para os benefícios a saúde, como a redução da perda de massa muscular, a prevenção de doenças cardíacas entre outras. Mas aumentar o gasto energético significa usar o corpo com mais regularidade e em situações frequentes e que estão a todo instante a nossa frente.

Para combater o excesso de energia guardada, viva gastando mais calorias e com regularidade.

Antonio Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da USP e autor de livros como “O Fim das Dietas”, ensina como emagrecer sem cair em promessas furadas

FONTE: saude.abril.com.br

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